6 de abril de 2011

NORDESTE DISCUTE MODELO DE UPPs NA BAHIA


A proposta do secretário da Segurança Pública do Estado, Maurício Barbosa, de implantar Bases Comunitárias de Segurança em bairros periféricos de Salvador foi pauta de discussão, na manhã de ontem, na Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa.

O Calabar e o Nordeste de Amaralina, considerados os bairros mais violentos da capital, são os principais focos da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e serão os pioneiros na instalação das "UPPs baianas". 164 UPPs serão instaladas no Estado em 5 anos.

A iniciativa, no entanto, não vem sendo satisfatória para os moradores do Nordeste de Amaralina. É o que afirma o líder político-comunitário Christiano Santos, morador do bairro há 37 anos. "A presença de outras secretarias de governo na comunidade é a principal cobrança da população local. Nós (do Nordeste de Amaralina) não queremos só a ida da polícia, mas ações e investimentos, através de programas sociais de outras secretarias, como saúde, cultura, educação, esporte e lazer", disse.

De acordo com o líder comunitário, há uma necessidade muito grande no que diz respeito às políticas públicas de inclusão social. Christiano Santos, que coordena um trabalho de cunho social na região do Nordeste de Amaralina, através de organizações não-governamentais (ONGs), destacou que "é preciso definir estruturas concretas de ordem social para serem implantadas junto às Bases Comunitárias de Segurança". Do contrário, explica Christiano, "será feita apenas a contenção da violência, ao invés de debelar de uma vez por todas."

A realização de uma audiência pública no Calabar e no Nordeste de Amaralina foi proposta pelo deputado Capitão Tadeu (PSB). O parlamentar sugeriu que o encontro fosse realizado in loco para que, através de lideranças comunitárias e associações de bairros, a comunidade possa apresentar sugestões importantes para sanar os problemas enfrentados. Além dos parlamentares, o debate deve contar com autoridades envolvidas com a segurança pública do Estado.

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