24 de novembro de 2010

NOSSAS HOMENAGENS

O menino Joel Castro é simbolo de uma comunidade que sonha com oportunidades. Uma gente que traz em seu DNA traços que, embora nos orgulhemos e exaltemos, ainda nos dificultam o acesso ao mercado profissional e, ate mesmo, ao uso de um simples transporte.
Não são incomuns as situações em que perdemos vagas de emprego ou cursos por morarmos na região do Nordeste de Amaralina. Nossa alto-estima é esmagada, quando um taxista se nega a nos conduzir a nossas residências ou a pizzaria se nega a entregar em nossos endereços.
O menino Joel é uma das melhores referências do quanto é dificil, viver em um bairro periférico em Salvador. O quanto é pesado o fardo de ser negro e pobre em uma cidade que, apesar de se dizer plural, ainda traz claras marcas de um preconceito enraizado, sobre tudo, em suas instituições.
Joel desejava ser mestre na arte em que se via bonito. Na arte em que se via valorizado.
Seus sonhos, revelados em uma propaganda (do mesmo Estado que lhe seifou a vida), foram interrompidos. Não foi possivel a seu pai, mestre Ninha, ter o orgulho de ver perpetuado, na figura de seu rebento, a bela arte que aprenderá como forma de se libertar dos muitos carcéres impostos a todos nós.
Entristecido e indignado faço, aqui, a minha homenagem:
Abenção Mestre Pastinha.
Abenção Mestre Bimba.
Salve Mestre Joelzinho!!!!

Christiano Santos

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