A turma da faculdade se desfez, demos adeus àquela ótima equipe de trabalho, aquele longo relacionamento acabou. Dai, por mero hábito, você senti uma tremenda vontade de visitar a velha escola, de ir na empresa onde trabalhou por anos, de visitar a casa do ex-amor. É como voltar no tempo!
O primeiro impulso é o de entrar sala a dentro (para abraçar o professor), sentar-se na velha cadeira e por os pés na antiga mesa de trabalho ou abrir a geladeira da ex-sogra (tantas vezes assaltada nas tarde de domingo). Mas ai vai o conselho de um amigo, que já sofreu a angustia do "não pertencimento", que já se sentiu um deslocado e inconveniente:
Seu tempo na vida daquelas pessoas foi redimensionado. Outros personagens ocupam esses espaços. São eles os protagonistas e você, como tudo na vida passou. É claro que tem a sua importância, mas deve perceber o novo papel que lhe foi reservado. O papel de privilegiado "figurante/espectador". Nesse novo capitulo reconhecer e aceitar a sua nova personagem é a diferença entre ser visto como o saudoso e importante ex ou o chato e inconveniente "eterno atual".
Permita-se a manter velhos laços mas, "ao voltar no tempo", não seja mais do que um discreto e consciente OBSERVADOR!!!
Fica a dica - Christiano Santos
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